CONTO: O Sanatório

A primeira coisa que você precisa saber sobre mim é: Eu sou louco.

No Sanatório aonde passo meus preciosos dias, vi coisas que até eu mesmo desconfio. Certa vez estava divagando em meu beliche e vi uma luz forte vindo dos céus e indo ao meu encontro pela janela do quarto.

Um clarão!

Foram exatamente 15 segundos de clarão. Forte. Subi na janela lutando para me escorar, vi aquela linda cidade e lembrei dos meus bons tempos. Lá fora uma tempestade se aproximava, raios ecoavam, e as pessoas desesperadas e os comercio se fechavam. O chão começava a se abrir se repartir ao meio. Cratèras no centro da cidade o buraco engolia os carros, e pessoas. Gritos apavorantes de pessoas morrendo. Explosões! pais deixando os filhos e o dia se tornando noite. A cidade estava se reduzindo à cinzas, sendo dizimada a pó. De repente monstros saiam do chão e esmagando carros e pessoas a lua virou sangue.

Era o inicio das dores! Daquelas dores...

Pessoas morrendo lentamente umas pedindo por clemência, outras nem tanto. Os monstros passavam destruindo casas, patrimônios restantes. O inicio da angustia; igrejas estavam cheias e os monstros nem passavam perto. O desespero eminente, começava a chover e após toda a destruição, os monstros voltavam para o núcleo da terra. A lama sugava e levava tudo. Tudo. A cidade estava em ruínas; porém um dos monstros me avistou ao longe com aqueles terríveis olhos. E então, ele veio até mim num pulo avassalador. E aquele clarão voltou.

Mas é claro, eu sou apenas um louco.

"Mas naqueles dias, depois daquela tribulação, o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz" 

(Marcos 13:24