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Mostrando postagens de abril, 2020

O Que Engana os Seus Olhos.

Daughter - Texas, 2014 Donnie se masturbava. Puxa, comecei grosseiro demais. Vamos de novo. Donnie pensava na professora particular de matemática, era notório seu olhar penetrando os seios fartos quando ela gesticulava as mãos nas aulas. Curiosamente a mente tem uma espécie de que - diz os especialistas - todo ser humano tem memória fotográfica, ou seja tudo aquilo que o seu corpo gostar, seus olhos tiram "fotos" do ocorrido e mandam para o seu banco de memórias localizado em uma vasta parte do cérebro. E Donnie era um excepcional em flashes. Certa noite, depois de ter sonhos com a professora, decidiu navegar em suas redes sociais. Subia. Descia as abas. Via fotos pornográficas, fumava, e voltava a navegar. Em dado momento, seu irmão mais novo, Jimmie entrou no quarto. - Tocando outra? - disse com um sarcasmo. E com um velho sorriso nos lábios. - O que faz aqui, já falei... - Credo, é essa que você está obcecado agora ? Pensei que a professora... - Jimmy! - Qual

CARTAS SUICIDAS: Stelle Gracie.

Inverno de 2010 - Jussara, SP Stelle Gracie disse uma única coisa:  Oque passou, passou. Ela largou a gilete na cabeceira da pia do banheiro, se encarou no espelho, esperando a liberação de endorfina agir em seu cérebro. O sangue em seu pulso escorria lentamente pelo ralo da pia. Algodão, seringas, e um vidro de morfina estavam expostos, e muito sangue enfeitava o ambiente frio e intenso. A sensação de bem-estar, a ansiedade sendo expelida e a tristeza tornando-se em alucinações. Stelle debruçou sobre o chão, se aconchegando, e esperando... seus olhos começam a ter uma visão turva. O sangue escorre cada vez mais, agora por todo o chão, antes branco. No andar debaixo os pais de Stelle; Casey e William estão jantando, na velha mesa da vovó Candy que herdaram depois da morte dela há 12 anos. William é advogado e bem-sucedido, enquanto Casey é enfermeira no Hospital da Pensilvânia que fica no centro da cidade da Philadelphia. - Stelle o jantar está na mesa querida!  – Chamou

TEXTO: Doce Sampa

Esse texto foi escrito dois dias antes de me despedir de São Paulo.  É quase uma da manhã de uma sexta-feira escandalosa e abafada em São Paulo. Talvez pelo excesso de poluição sonora e ambiental que é tão explícita. Estou na Avenida Paulista, pelo horário ainda há muita gente, algumas indo e vindo do trabalho, outras a procura de sexo e cerveja barata. Em alguns lugares sinto um cheiro forte de urina e prostituição. Há também muitas luzes, muitos carros, muito barulho. Reparo em um casal brigando, do outro lado um mendigo adormecido. Bem ali jovens bebendo e curtindo sua farra noturna. Para deixar o texto bonito eu poderia dizer que estou andando e contemplando tudo, com uma forma ficcional, relatando a beleza, mas não estou. Do meu lado, está Cláudio (um morador de rua) ele tem um rádio antigo soando uma canção do Willie Nelson que eu ainda estou tentando decifrar qual canção é. Não tenho muito assunto com ele, mas tem sido um bom local pra escrever isto. Na Avenida Paul

CONTO: O DÓLAR PERDIDO

Fazia um frio dos infernos neste dia.  O endiabrado Ollie Walhyson foi preso bêbado em uma espelunca no meio do oeste. Na mesma noite de sua prisão encontraram uma mulher morta e toda ensanguentada em um beco próximo  do bar aonde ele enchia a cara. Não encontraram ele no local, apenas o velho chapéu de Ollie. Porra, o chapéu  era algo de maior valor nessa vida dele. Ele não lembrava muito bem o que tinha acontecido na noite anterior, mas ele gritava para todos na cadeia que ele era inocente. Mas todos os presos são inocentes não é mesmo? Todos aqueles no limite da razão. Robert The Heartbreakid era o promotor, juiz e carrasco na velha e pacata cidade Vila Legal. Deixaram Ollie na cadeia por dois dias sem comida, apenas água  e um balde com excrementos.  Robert entrou na cela, viu Ollie deitado no chão, com as roupas surradas e algumas manchas no rosto e em todo o corpo, de fato foi espancado pelos Rangers. Robert sentou em um banco na frente de Ollie. Robert ma